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sábado, 17 de dezembro de 2011

Sucesso e oportunidade


 

O sucesso ou o fracasso de uma empreitada, qualquer que seja a sua natureza – de caráter profissional, artístico ou social –, estão condicionados a uma série de fatores, alguns subjetivos e outros objetivos.  Nem sempre uma pessoa competente e bem preparada é bem-sucedida naquilo que faz. Às vezes, falta-lhe garra. Ou, na pior das hipóteses, carece de  boa vontade.

No outro extremo temos conhecimento de "picaretas" – o tipo de gente chamado de "pára-quedista" que entra sem preparo algum em determinada profissão que não exija conhecimento técnico específico, (isto é, que "cai" no cargo) –, ocupando funções que não lhes caberiam pelo critério da competência e da experiência. Galgam, em pouco tempo, vários escalões, até chegarem ao topo da carreira. Por que isso acontece?

Para uma pessoa ser vencedora, não bastam, simplesmente, o conhecimento, o treinamento e o preparo intelectual. E nem outras tantas virtudes, como interesse, assiduidade,  excessivo esforço, etc. Muito menos basta inteligência. A premissa básica para se chegar ao sucesso é a OPORTUNIDADE. De nada vale, por exemplo, o indivíduo ser uma sumidade em determinada área, saber tudo a respeito dessa atividade, se não lhe forem dadas chances de mostrar seu determinado valor. Há muito talento escondido por aí, em um mundo repleto de pessoas medíocres.

Se não houver quem se interesse pelo seu talento, por sua técnica ou por sua criatividade, todo o seu empenho em se preparar para o exercício de uma profissão, ou de uma arte, ou de um simples estudo, será em vão. Pode até trazer-lhe satisfação íntima. Esta no entanto, será estéril, sem qualquer valor. Não dará nenhum fruto. Estará, invariavelmente, acompanhado pela frustração, diretamente proporcional ao esforço despendido. Vai faltar o efeito prático para esse talento se realizar. Ou seja, o reconhecimento, que em geral traduzido venha pela remuneração financeira.

Há uma expressão popular, muito em voga, que acentua que "a oportunidade é como o único fio de cabelo na cabeça de um careca". Se este não for agarrado com firmeza (ou se não suportar a pressão e vier a se romper), não haverá outro para agarrar. Ou seja, quase sempre na vida as chances, que tanto procuramos para realizar os nossos sonhos e ideais, costumam ser únicas, ou pelo menos bastante restritas.  Peça a Deus que lhe abra os olhos para que você agarre a essa oportunidade que virá.
Raramente são os melhores, em suas respectivas áreas de conhecimento ou profissões, que ocupam as posições de relevância ou melhores remuneradas. E os critérios de escolha (quando existem), quase nunca são seguidos com rigor. Fatores altamente subjetivos, como aparência, comunicabilidade e simpatia, entre outros, têm grande importância nos processos de seleção.

Por isso, quem almeja o sucesso (e são raros os que não se preocupam com ele), não pode, jamais, deixar escorrer por entre os dedos, como finos grãos de areia, de qualquer oportunidade, por mínima que seja, ou mais banal que pareça. Pelo contrário, deve estar predisposto a ela. Precisa, sempre que possível, dar uma providencial "mãozinha" ao acaso. Uma das formas de fazer isso é lutar contra a tendência natural que temos à acomodação. Nosso aperfeiçoamento mental, cultural, espiritual ou técnico deve ser permanente, contínuo, obsessivo até que cheguemos ao êxito. E mesmo assim, essa busca pela excelência não se constitui em garantia, de que chegaremos ao nosso objetivo. Apenas nos predispõe ao aproveitamento de eventuais oportunidades, que lhes aparecerem.

Uma carreira artística, acadêmica ou profissional, embora pareça longa (muitas vezes interminável), é extremamente limitada no tempo. Ninguém é insubstituível. Como se vê, é muito tênue (diria sutil) a linha que separa o sucesso do fracasso. Há quem faça tudo certo, seja preparado, dedicado, obstinado e competente e ainda assim não logre êxito. Falta-lhe quem lhe dê a oportunidade de mostrar o que é e o que faz. E isso é fundamental.  
 Bem a oportunidade é tudo que buscamos. Lembrei de uma situação que ocorreu comigo algum tempo. Imagine só, você ter "atributos" para assumir uma posição e embora muito reconhecida porém "tive" que ceder este espaço ao pára-quedismo movido pelas conveniências de superiores na escala hierárquica, restando para mim apenas o tapinha nas costa. Hoje, me vejo de forma diferente e até parece ter sido bom, pois me possibilitou com a revolta momentânea dá a volta por cima e me valorizar um pouco mais.
Esta volta por cima que me foi oferecida por outro angulo dentro do mesmo espaço e que hoje, mais do que nunca sei o que significa a palavra OPORTUNIDADE.




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